(Edward Burne-Jones)
Derradeiro Leito
Oh! céu da eterna noite escura!
Oh! mares fartos de pesares!
Tão triste vara pelos ares;
Meu canto cheio de amargura.
Se mais não tenho uma ventura,
Se mais não calmo são os mares,
Boa sorte é se mil azares;
Me atarem firme à morte dura.
Ah! que estes mares agitados;
Aceitem ser meu triste leito,
Guardando sonhos maculados,
E, num tormento mais violento,
Enfim arranquem de meu peito;
Amor, saudade e sofrimento.
Oh! céu da eterna noite escura!
Oh! mares fartos de pesares!
Tão triste vara pelos ares;
Meu canto cheio de amargura.
Se mais não tenho uma ventura,
Se mais não calmo são os mares,
Boa sorte é se mil azares;
Me atarem firme à morte dura.
Ah! que estes mares agitados;
Aceitem ser meu triste leito,
Guardando sonhos maculados,
E, num tormento mais violento,
Enfim arranquem de meu peito;
Amor, saudade e sofrimento.
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