(Enrico Bianco)
DO PONTO MAIS DISTANTE
NA FLORESTA
Para Cláudia Bravim
Do ponto mais distante na floresta
de asas e desejos que freqüentas
à hora em que te despes, meio a esmo,
aproveitando as brumas de um soneto;
dos rastos nos escombros de poemas
erigidos às portas do teu nome
à substância sombra, que te acolhe
num tempo sem saída e te represa,
o meu amor está nos arredores,
nas coisas que te servem de moldura –
e a elas me condeno: amar, insone,
às margens do teu corpo, que transmuda
o tudo quanto vejo em tua imagem,
nas coisas que te servem de moldura –
e a elas me condeno: amar, insone,
às margens do teu corpo, que transmuda
o tudo quanto vejo em tua imagem,
daqui até o futuro é o que me
cabe.
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