(Enrico Bianco)
E
agora em desconcerto me pergunto
E
agora em desconcerto me pergunto
onde
estou. Vou ver quem sou, volto mais mudo.
Ao
silêncio, então, me exponho e, novamente,
sucumbido
à solidão, calmo, entredentes,
vejo
a luz que interrompia as persianas,
ouço
a música dos corpos que eu tocava,
lembro
os gestos de uma busca alucinada
do
prazer que se antevia neles. Tantas,
tantas
vezes, porém, encontrei Lias
disfarçadas
entre as formas de Adrianas,
cada
qual plantada em sua própria ilha,
que,
por último, eu assim me esqueci
de
encontrar-me e, a cada instante que passava,
fiquei
nelas – eu assim que me perdi.
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