(Enrico Bianco)
SILÊNCIO INFINITO
a Fábio Lucas
A
nuvem alumbrou-se; de repente
caiu
chuva... coriscos e trovões
a
manhã inundou o chão ardente
–
triste cinza de fogo dos verões
o
universo engravida uma semente
mistério
que vem feito um sol nascente
água
fértil e terra em pleno cio
num
beijo prolongado e convergente...
–
a babugem... do chão foi-se o estio
verde
gozo, fez-se vida confluente
o
universo engravida uma semente
mistério
confinado em nossa mente
é
que Deus tá no som do assobio
que
ainda se expande no infinito
fecundando
o espaço inda vazio...
e
hiberna este orgasmo, em luz, contrito
o
universo engravida uma semente
mistério
de um além que a luz pressente
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