O IRREMEDIÁVEL
Porque agora atravessamos o horizonte fixo do silêncio. Como outrora a luz ilumina a esperança de certezas rudimentares. Cálido é o amor, simples como a água dos cântaros. Saciamos a sede do afeto remido. Do amparo exímio. Isentos da solidão sedimentada, da graça exclusa, de alguma forma antecipamos a recompensa de ser. A lucidez de persistir ante o irremediável, de acreditar ante a perda do que nunca possuímos derradeiramente. Caminhamos sobre o infinito de nossos passos.
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