Amamos pouco quando satisfazemos nossos desejos, pois o amor não reside na posse e sim no desprendimento.
Amamos quando outorgamos ao outro o direito de ser si mesmo; portanto, de não ser apropriado.
Todo objeto de desejo é uma reclusão ao amor.
A insuficiência do homem advém do fato de que ele morre e de que nada pode ser feito ou remediado por aqueles que permanecem vivos.
Não raro, na iminência da morte consentimos em viver.
Se a morte possui uma dimensão trágica, essa reside no encerramento definitivo de todos os fatos, pois a vida não tolera dimensões definitivas.
As desgraças alheias pouco ou nada significam, visto estarem distantes do campo restrito de nossos sentimentos. Assim, o egoísmo impede que sejamos demasiado humanos.
A relevância de nossos problemas advém da percepção vaidosa dos mesmos.
Seríamos trágicos se tivéssemos a consciência de todos os fatos.
Um ideal de vida nem sempre corresponde às circunstâncias que o determina. O que explica a infelicidade de muitos.
Nunca amamos o suficiente para não precisarmos odiar.
Para além das verdades históricas encontra-se o homem.
É duvidoso crer no destino quando ele se torna um fardo ao fato de existirmos.
Duvidamos de nossas verdades quando elas não resultam em consolo às nossas desilusões.
A consciência do incerto é o resultado da razão em seu excesso de lucidez. Assim, as incertezas da vida não pertencem ao cotidiano.
Obs: aforimos de minha autoria protegidos por direitos autorais.
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