quinta-feira, 5 de abril de 2012

FELIPE STEFANI: POEMA


(Joan Ponç)


A CASA



A mesa, o sonho, a voz.
O transbordar das ruas em minha vida fechada,
ou tudo o que desliza no ventre da idéia,
ou meu tempo de muros cercando árvores secretas.

No outono é onde os teus olhos correm
pelo espaço dançarino do nosso pensamento,
pois pesam juntos os corpos que queimam as casas,
e o pão sobre a mesa.

Mesmo que os centauros da aurora
levantem em nossa guerra
o pecado anterior ao pecado original.

E então oh, minhas aves ébrias
que respiram a benevolência de tuas mãos.
Morrerei de uma tristeza indizível,

pois a carne de tua boca terna no ouro vivo dos meus lábios breves.

Ou morrerei pela inocência.
Repito: vida.





***

Primavera 2010.



Um comentário:

  1. Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
    É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
    Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.

    CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/

    Que toda poesia seja livre!
    Fred Caju

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