quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
RUY ESPINHEIRA FILHO: POEMA
ESSAS COISAS
Há uma rua sempre iluminada
pelo olhar da infante bem-amada
(em seu dedo, aro de ouro e uma pedra
que brilha doutro jeito: um grão de treva).
Há um dia vasto sobre dois amigos
capazes de amar coisas como rios.
Há uma palavra injusta e a tarde muda:
o crepúsculo é só um frio agudo.
Há outra palavra que não chega a som
e torna a alma uma brisa vã.
Há uma valsa nos corpos enlaçados
e nela o giro para nunca mais.
Há uma casa no ar, em sombra e calma,
onde o nosso fantasma se agasalha
e, num velho pijama de doente,
medita nessas coisas lentamente.
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Ruy Espinheira filho, gostei da leveza de espírito que o poema apresenta. gostaria que pesquisasse a lista de literatura amantedasleituras no yahoo.Também em o blog com o mesmo nome. gostaria de o ler na lista.
ResponderExcluirabraço
Prezada, seja bem vinda ao Poesia Diversa! Esteja sempre presente!
ResponderExcluirMeditar no que há e no que não há será talvez um bom exercício. Um abraço.
ResponderExcluirPrezado Côvo, que sua visita seja indeterminada... Que esse espaço possa lhe proporcionar bons momentos de poesia. Um abraço.
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