O PÓ
Atinjo a aldraba da porta
e o mar canta em minha mão.
Jamais eu podia saber
que mesmo em abril a hora pertence ao tempo.
Domei-te, jovem tigre, no dia ululante.
Juntei-me à querela de glória do mar.
Prendi astros nas fibras de minha rede.
O essencial sempre ficou fora de meu alcance,
um punhado de pó na mão fechada,
a resposta da poeira à minha ambição.
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