O ARREBOL
Assim eu quero o dia: a promessa da vida
no chão em que se abriga um passo errante
escondido entre as folhas pálidas do outono.
Seja o meu dia a proa de um navio
sob a luz indecisa que antecede a descoberta,
a nuvem que se alastra no chão arroxeado.
Porta fechada, o dia me encerra e me cativa
para que eu viva e morra e morra e viva
no profundo arrebol de uma aurora perpétua
e em meus olhos se crave, flecha, a luz do mundo.
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