CASA VAZIA
Poema nenhum, nunca mais,
será um acontecimento:
escrevemos cada vez mais
para um mundo cada vez menos,
para esse público dos ermos
composto apenas de nós mesmos,
uns joões batistas a pregar
para as dobras de suas túnicas
seu deserto particular,
ou cães latindo, noite e dia,
dentro de uma casa vazia.
Que beleza este poema de Alberto da Cunha. Certeiro. Bela postagem, amigo!
ResponderExcluirAbraços.
Jefferson.
Retranca, forma fixa inventada por ele.
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