domingo, 9 de janeiro de 2011
FRANCISCA CLOTILDE: POEMA
LÁGRIMAS
Chora a noite sentida a lágrima tremente
Do orvalho que aviventa a flor abandonada.
Da estrela cai na terra a luz meiga e dourada,
O pranto do infinito em gota aurifulgente.
E o velho mar que anseia, o velho mar fremente
Com zelo vai guardar na concha nacarada
As bagas que arrancou-lhe a dor amargurada,
Irisando-as da luz na pérola nitente!
Tudo adoece enfim!... Tudo chora e se queixa,
Da brisa o ciciar tem, às vezes, da endeixa
A mágoa dolorida e o tristonho dulçor.
O regato suspira... Há soluços nas águas,
A palmeira estremece e um concerto de máguas
A saudade mistura aos idílios do amor!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
(..A saudade mistura aos idílios do amor)
ResponderExcluirÉ realmente desse jeito saudades saudades,...
...Que demais..Amei essa poesia!!
(:
Prezada Ludmila, fui apresentado a essa grande poeta romãntica pelo bardo Rommel Werneck ( você pode ler seus belos poemas também, basta ir no link com seu nome). Em breve teremos mais Clotilde. Esteja sempre presente!
ResponderExcluirEu adoro Francisca Clotilde e os outros escritores dos anos 10 e 20
ResponderExcluir