Galerias Crepusculares
Sob o ocaso da tarde que s’esfuma,
Já no céu o mosaico das lembranças
Pincelado em melífluos tons, nuanças,
Fica a trazer-me a dor uma por uma;
Na imácula suave desta bruma,
Tão tênue tesoiro d’esperanças,
Qu’eu sinto a estremecer estas bonanças
Como o quebrar-se duma fria escuma...
Das etéreas pinturas, divinais...
Que contemplo a carpir em tantos ais
Nas galerias mortas de minh’alma...
Um dia, bosquejei todos os traços
Do teu rosto, dos teus olhos tão baços,
N’amplidão deste céu que tudo ensalma...
A Literatura tende a ganhar muito com a Tradição
ResponderExcluir