ELEGIA
A tristeza está comigo, fidelíssima consorte
Não me deixa nunca só, não possuo esta sorte!
De poder um dia livre, finalmente estar sozinho
Não ter mais olhares tristes, a calçar o meu caminho!
O poeta agora livre, teceria uma elegia
Aqui jaz minha tristeza, sob a lápide tão fria!
Poderia então viver, sem flertar com ela, a Morte
E quiçá até sorrir, ter um rumo, ter um norte!
Descobrir que existe o amor, compreender o que é o carinho
Vislumbrar que existe mais que a escuridão onde definho!
Pois sou um Poeta das Trevas, e também da melancolia
Mas não choro doridas lágrimas, e sim choro... Poesia!
domingo, 30 de janeiro de 2011
DALTO FIDENCIO: POEMA
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Uma linda construção!
ResponderExcluirPenso que esse poema inaugura numa perspectiva neo-romântica, o primado do sentimento! Eis a simplicidade como desvelamento de vivências, que sejam reais ou fictícias,transpostas para o plano da linguagem tornam-se arte.
ResponderExcluirMuito belo. Belle Époque
ResponderExcluirÉ bom ver versos desse naipe quando já se está cansado de ler uma densa chuva de banalidades que invade o mundo virtual. Belo!
ResponderExcluirNossa! Nem se fala, Edir.
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