
IX - Julgamento
Ah Deus, de que crime fui capaz?
Agora me resta o claustro atroz
Onde o amor é tato, olfato e voz,
Lá, eterna, ouvirei teu jamais!
Entreguei meus pulsos a ele, mas
Não me soube decifrar e a sós
Disse-me: “não existe mais o nós
Pois tudo foi erro, não a quero mais!”
E, decretada minha pena,
Nesta cela sem lume estou
À margem duma imagem plena?...
Do que fui, que serei? Do que sou
Há só o motivo de ter pena
Do resto... do resto que ficou...