terça-feira, 13 de julho de 2010

JEFFERSON BESSA: POEMA

(Marcelo Grassmann)
PARA ME CHOVER

permaneço no quarto que não se abre
a chuva já começou a cair
a rua está úmida, as águas acontecem
abriram-se as portas, mas a demora
me continua na noite do calor passado
sentado ainda no ontem que estou.
demorado quarto dentro de paredes
arrastadas na distância de banharem-se
à espera do lentamente vir do tempo
e no espaço desembrulharem as camadas
pintadas de concreto resistente ao frescor
confinadas no intervalo anterior à manhã.

aguardarei a hora da tarde para me chover.

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