SUBSOLO
este silêncio é antes
o estertor
de coisas nascendo
esteios abertos no alfarrábio
um outro
talvez sentisse o outono
como eu o tenho nesta tarde:
ilhas de auspício e dano céu
cavado em suas túnicas
nos subsolos
ainda envilece sua furna
“somos a ficção de um deus
sua orfandade extrema”
mas apenas órfãos
nos sentimos
até mim alteiam-se as árvores
e há raízes
rompendo o solo
em que meu corpo se estrutura
argila desse paraíso macerado
amo os sóis que em mim se arvoram
amo sua babel
e seu incêndio:
último sepulcro
junto ao jazigo
de tudo
este silêncio é antes
o estertor
de coisas nascendo
esteios abertos no alfarrábio
um outro
talvez sentisse o outono
como eu o tenho nesta tarde:
ilhas de auspício e dano céu
cavado em suas túnicas
nos subsolos
ainda envilece sua furna
“somos a ficção de um deus
sua orfandade extrema”
mas apenas órfãos
nos sentimos
até mim alteiam-se as árvores
e há raízes
rompendo o solo
em que meu corpo se estrutura
argila desse paraíso macerado
amo os sóis que em mim se arvoram
amo sua babel
e seu incêndio:
último sepulcro
junto ao jazigo
de tudo
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