ANTES, AGORA E SEMPRE
Quaresmeira de meu triste jardim,
Fincaste em mim inúmeras raízes,
Mas deixaste também mil cicatrizes,
Rugas que jamais, nunca terão fim.
Tronco magro que muito me fascina,
Tornando a vida suja e macilenta,
Somente a tua seiva me sustenta!
Somente tu és pulcra e grã-divina...
Antes, agora e sempre, só chorando...
Antes num quarto pálido e sem luz...
Agora acorrentado numa cruz...
Sempre e sempre, estará a boca sedenta
Gemendo unicamente um grito brando:
Somente a tua seiva me sustenta!
MEU PASSADO
''Abro a janela, quanta luz...'' Rinaldo Gissoni
Algumas vezes, ponho-me à janela
Serenamente, toca-me uma luz...
Algo azul, bom ardor que me seduz!
Verdadeira lembrança meiga e bela.
Vários seres desfilam para mim.
Passam leves, sutis e evanescentes...
Cravos lívidos, mortos, displicentes
Que brotam neste meu triste jardim...
Em ti, janela, quanto medo e horror!
Quanta distância, quanta dor, maldade...
Tu te tornaste a imagem do pavor!
Por isto, quando eu vejo algum ser mágico
Que deveria ser felicidade,
Vejo o como este meu jardim é trágico!
SÓ.
Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!
Na solidão perpétua do viver...
Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!
No luto eterno deste alvorecer...
Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!
Na necrópole lúgubre e perdida...
Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!
Na floresta sangüenta desta vida...
Só! Chorando exalando negro sangue,
Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,
Morto e ruim querendo amor e dó,
Dó e caritas, amor, tudo tão só.
Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!
Afundando-se neste rubro mangue...
Quaresmeira de meu triste jardim,
Fincaste em mim inúmeras raízes,
Mas deixaste também mil cicatrizes,
Rugas que jamais, nunca terão fim.
Tronco magro que muito me fascina,
Tornando a vida suja e macilenta,
Somente a tua seiva me sustenta!
Somente tu és pulcra e grã-divina...
Antes, agora e sempre, só chorando...
Antes num quarto pálido e sem luz...
Agora acorrentado numa cruz...
Sempre e sempre, estará a boca sedenta
Gemendo unicamente um grito brando:
Somente a tua seiva me sustenta!
MEU PASSADO
''Abro a janela, quanta luz...'' Rinaldo Gissoni
Algumas vezes, ponho-me à janela
Serenamente, toca-me uma luz...
Algo azul, bom ardor que me seduz!
Verdadeira lembrança meiga e bela.
Vários seres desfilam para mim.
Passam leves, sutis e evanescentes...
Cravos lívidos, mortos, displicentes
Que brotam neste meu triste jardim...
Em ti, janela, quanto medo e horror!
Quanta distância, quanta dor, maldade...
Tu te tornaste a imagem do pavor!
Por isto, quando eu vejo algum ser mágico
Que deveria ser felicidade,
Vejo o como este meu jardim é trágico!
SÓ.
Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!
Na solidão perpétua do viver...
Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!
No luto eterno deste alvorecer...
Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!
Na necrópole lúgubre e perdida...
Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!
Na floresta sangüenta desta vida...
Só! Chorando exalando negro sangue,
Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,
Morto e ruim querendo amor e dó,
Dó e caritas, amor, tudo tão só.
Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!
Afundando-se neste rubro mangue...
Já tentei fazer um soneto e me travei todo. Um saiu, mas não fiquei satisfeito...não é pra mim; mas é pra vc!! Muito bons!
ResponderExcluir[]s
Prezado Rafael, seja bem vindo ao Poesia Diversa!
ResponderExcluirOlá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog Teatro da Vida. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
ResponderExcluirNarroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
Abraços
http://narroterapia.blogspot.com/
Estimado Fabricio, seja bem vindo ao Poesia Diversa. Vou adicionar o link de seu blog no meu. Sua visita é uma honra, e que seja constante. Um grande abraço.
ResponderExcluirAgradecido!
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