domingo, 25 de julho de 2010

POEMA

(Van Gogh)
PARA A AURORA DAS CALAMIDADES

Sob o desamparo da infâmia corpos destituídos de significação. Jazigo de invioláveis estigmas, deserto de Ezequiel. Em nossas mãos o fel de traições remissíveis. Grande é o amor e sua renúncia. Cáustico estandarte de inermes recusas. Grande é o amor e sua redenção. Híbrido fulgor de sonhos idílicos. Como um olhar que cicatriza recordações. Entoa a lira um cântico contrito. Para a aurora das calamidades.

3 comentários:

  1. :), belo poema. A imagem é uma das minhas favoritas. bjs.

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  2. "Grande é o amor e a sua renuncia". Um verso e tanto, Hilton. Teu poema me passou um cenário de securas, daqueles que me fazem lembrar Graciliano Ramos e os ciclos intermináveis de calamidades, que só por amor se suporta. Gostei muito.

    OBS: Até amanhã envio a entrevista, ok? abraço!

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  3. Luiza,obrigado pelas palavras. Também admiro Van Gogh. Nydia, suas palavras são alento. Esse poema ainda está incompleto. Penso que o final ainda não está bem. Será modificado. Terei imenso prazer em publicar sua entrevista. Um grande abraço.

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