2
É possível que ao findar o dia possamos olhar para nós mesmos e percebermos que realizamos o ato primordial pelo qual nos tornamos humanos: Amar. Mas se somos humanos quando amamos, o que somos quando odiamos?
3
Amamos pouco quando satisfazemos nossos desejos, pois o amor não reside na posse e sim no desprendimento.
4
Amamos quando outorgamos ao outro o direito de ser si mesmo; portanto, de não ser apropriado.
5
Todo objeto de desejo é uma reclusão ao amor.
21
Para todas as formas de amor há sempre uma maneira de se compartilhar a solidão.
49
Nunca amamos o suficiente quando amamos o que desejamos.
54
No amor elevamos e rebaixamos o que desejamos.
61
Não saberemos do amor sua verdade. Somente sua condição.
63
Porque amamos também odiamos.
64
Amor e ódio: sentimentos recíprocos?
66
Nunca amamos o suficiente para não precisarmos odiar.
101
A fronteira entre o amor e o ódio é sempre dúbia.
120
As ocasiões para o amor são sempre repentinas. O que explica a inconstância dos relacionamentos.
140
No amor raramente perdoamos o sentimento de vingança.
142
Também destruímos ao amar.
144
Nem mesmo no amor prescindimos da solidão.
146
Há múltiplas formas de amor, mas só um desejo.
151
Amor: raro enleio em meio ao incerto jogo das representações.
155
Não somos culpados por amar e sim por sermos amados.
165
A fidelidade de um homem não se vincula ao seu amor e sim ao seu caráter.
182
No amor pagamos tributo de nossos defeitos assim como de nossos melhores intentos.
202
No amor ou no ódio cedemos aos erros mais primários.
Hilton Valeriano
Obs. Aforismos de minha autoria protegidos por direitos autorais.
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