PERDAS
Não chores pelos passos que se vão
E pela dor do adeus desatinado,
Finde seus soluços... cante uma canção!
Deixe a poesia estar ao seu lado.
Lágrimas jamais serão a solução
Quebre o elo, liberta-te da corrente
E saibas que nada perdeste... não!
Pois só se perde o que nunca se teve realmente.
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A DOR DO SILÊNCIO
A dor do silêncio me traz mementos
De sua doce voz, a me tornar refém
A me fazer sorrir em todos os momentos
Sem medo, sem lágrimas, sem réquiem.
A dor do silêncio agora jaz aqui
Naquela flor tão morta, tão calma
Pedindo um choro qualquer para si
Sem pompa, sem vela, sem trauma.
A dor do silêncio desatina a sede
Da vida humana...o líquido carmesim!
O sangue mortal cai em minha rede
Sem culpa, sem volta, sem fim.
A dor do silêncio se faz presente
Saudades da luz que tive um dia
Pois vago nas trevas eternamente
Sem vida, sem morte, sem poesia.
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CAIAM MUROS
Canta teu lamento único o violino
E as lembranças de teus lábios me elevam,
Oh! É doce o sussurrar do hino
Seus olhos, num sorriso, me enlevam.
Amores impossíveis? Esperançosas juras.
Distâncias traiçoeiras, ai de nós!
Muros a nos separar de forma atroz
Se evolam nuvens negras; impuras.
Amores possíveis, ribomba minha voz!
Empunha a Katana, destroça a muralha!
Pois há de chegar, nosso reino de Oz,
Prepara porém, teu coração para a batalha.
O que é a falta de ouro ou mesmo infinitas léguas?
Se nos amamos de alma e corpo e de corpo e alma,
O amor, nossa arma suprema. Venceremos sem tréguas,
Esta guerra, que nos impôs o destino num momento hirto,
Juntos em vida ficaremos, traçado na esquerda palma
Pois nada pode tolher um amor que já estava escrito.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
DALTO FIDENCIO: POEMAS
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Com certeza, o maior poeta gótico de nossa época
ResponderExcluirPenso que você esteja a frente...gostei da atmosfera romântica dos poemas do Dalto...
ResponderExcluirMuito agradeço ao Hilton a sua antiga sugestão:
ResponderExcluirhttp://homemdofarol.blogspot.com/
Este poeta se envaidece, e agradece aos elogios recebidos!
ResponderExcluirDalto, a presença de grandes poetas como você honram esse espaço literário! Obrigado!
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