segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CÂNDIDA DE SANTIAGO LINHARES: POEMA

(Giotto)



ESTRELA

A Delano Coelho Brito


Trago-te a palavra,
Não apenas com expressão burilada
Que completa a sutileza do dizer...
Trago-te a palavra inserida,
Que impregna o ser com a força dos “Faça-se”,
Que arrebata a alma na eclosão de nova vida.
Trago-te o gesto,
Que esta mesma palavra fecundou;
Trago-te o gesto, sopro de vida na tua face de pedra,
Leveza na solidão crispada!...

Trago-te símbolo!...
Como os Magos, também possuo a minha estrela
Já não importa que as estradas se entrelacem,
Os caminhos se confundam
E eu perca todas as rotas!...
Fitando a minha estrela chegarei ao fim.
Não temo o Rei que espera,
Porque trago as oferendas...
A palavra... o gesto... e símbolo...
Tudo porei aos seus pés.
E jamais me sentirei
Despojada... vazia ou vencida,
Porque n’Ele e em ti
Tornei-me imensa!...




Nenhum comentário:

Postar um comentário