Velho Tema (II)
Eu cantarei de amor tão fortemente
Com tal celeuma e com tamanhos brados
Que afinal teus ouvidos, dominados,
Hão de à força escutar quanto eu sustente.
Quero que meu amor se te apresente
- Não andrajoso e mendigando agrados,
Mas tal como é: – risonho e sem cuidados,
Muito de altivo, um tanto de insolente.
Nem ele mais a desejar se atreve
Do que merece: eu te amo, e o meu desejo
Apenas cobra um bem que se me deve.
Clamo, e não gemo; avanço, e não rastejo;
E vou de olhos enxutos e alma leve
À galharda conquista do teu beijo.
Belo poema que suspira atual num velho tema. Linda postagem, Hylton. Abraços. Jefferson.
ResponderExcluirMeu amigo e poeta Jefferson, gosto muito dos parnasianos. Grandes, grandes poetas. Em breve devo melhorar as publicações desses poetas. Um abraço.
ResponderExcluirImpossível não lembrar de Camões: "Eu cantarei de amor tão docemente..."
ResponderExcluirHilton, Vicente de Carvalho é o parnasiano de Santos. Vc conhece a parnasiana de Eldorado Paulista, Francisca Júlia?
Sim, meu amigo. A Francisca Júlia (grande poeta um tanto esquecida) tem poemas aqui. Veja o link. Um abraço.
ResponderExcluir