MAL SECRETO
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
Linda sequência dos parnasianos. Por esse poema de Raimundo tenho especial "atenção". É belo!
ResponderExcluirEstou acompanhando, amigo!
Abraços.
Jefferson.
Prezado Jefferson, penso que seja necessário uma reavaliação da importância desses poetas e dos equívocos do modernismo em relação aos mesmos. Sempre estudei em escolas públicas, e lembro que nos livros e aulas de literatura os parnasianos eram sempre apresentados sobre a ótica do modernismo, portanto, de forma depreciativa. Um abraço.
ResponderExcluirConcordo 1000 porcento! Este poema é fenomenal!
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