Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada...
- Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noites eu velei chorando
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
sábado, 3 de abril de 2010
ÁLVAREZ DE AZEVEDO: SONETO II
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o branco - o amor pálido/mortificado dos românticos. Gostei muito da escolha, Hilton!
ResponderExcluirUm abraço.
Meu amigo, gosto de muitos poetas da grande tradição. Não sei, mas penso que as vezes o modernismo gerou um retrocesso na poesia brasileira. Muita coisa boa passou a ser desprezada ou vista como algo ultrapassado. Um grande abraço.
ResponderExcluirUm aspecto que gosto nos poetas românticos é sua perspectiva sobre a mulher: ser de fascinação e perdição.
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