(Félicien Rops)
DE
JÚBILO A TARDE HÁ DE MORRER
De
júbilo a tarde há de morrer,
A
estrela primaveril não nasceu ainda,
E Deus será o grande virtuose
E ao barro volveremos lânguidos.
A
noite não se ausenta quando a aurora
Claudica
de horror diante de todos os anos
Que releguei à carícia dos
enfermos
Dispostos em leitos floridos
como o céu.
Ó
meus pobres joelhos dobrados!
Arqueados
em súplica diante da vida!
Seremos, filhos, mais corajosos
Do que os guerreiros que
perderam?
E
desconfio de toda pureza milenar
Pois
o acorde dos fracos me desperta e acorre
Como vileza prestes a aniquilar
nos vales
A errante romaria de eternos
cães malditos.
Sim,
de júbilo a tarde há de morrer,
O
humor dos pedantes não nasceu ainda,
E Deus me consolará de meus
sorrisos
Quando a floresta cantar para
meus olhos.
09/09/12
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