segunda-feira, 10 de maio de 2010

UM POEMA DE INAÊ SODRÉ

(Ismael Nery)


RITO DE PEDRAS

Sodalita soube que Citrino,
o seu prometido, estava por chegar.
Ela foi ao seu baú vermelho, contornado de fita dourada,
e tirou seu melhor Sari.

Em ritmo de rito,
se toda depila para que lisa, na tela em óleo canforado,
ele,
com o seu pincel,
pinte seu corpo de henna.
 
No rito do mito do espelho,
ela,
de olhos contornados de preto,
se olha e desprende os negros cabelos...
 

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