sábado, 22 de maio de 2010

JEFFERSON BESSA: POEMA


Pernas Cruzadas


logo que chegou ao bar

seu corpo pediu todos os olhares

mas num instante o vi falecer

embaçar.

o corpo que não transpira

derrete

para se molhar em poses.

e assim foi.


sentou-se à cadeira

de pernas cruzadas

e de tão embaraçadas

as pernas se fizeram

grandes bengalas

que assim carregam

a beleza que pesa

e que arrasta no rosto.


ah... mas se este corpo

chegasse

sem dar ares ao cheiro...

se este corpo

escorresse

a água da pele

pelo salão

e borrifasse às minhas narinas...

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