domingo, 9 de maio de 2010

JORGE MEDAUAR: POEMA

(Caspar David Friedrich)


As ÁGUAS

Veja-se: são águas verdades e profundas
de um mar imenso e indevassável. Vejo-as
depois escurecendo sob a noite
e ouço-lhes o gemido nos rochedos.
Sobre o impassível líquido soturno
dorso do mar que ao longe se retorce
outras águas em vão, de chuva doce
como inútil consolo se despejam.
Dentro da noite inteiramente escura
as, águas se misturam, confabulam
para a revolta em líquida linguagem.
Ai de vós, ai de vós margens e diques,
arrecifes, limites e rochedos,
se as águas de manhã vos atacarem.

3 comentários:

  1. Um lindo poema, sem dúvida, onde as águas se confundem com a essência dos seres, de nós.
    Saudações
    Helena

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  2. O poema do meu avô está cheio de erros de digitação e pontuação. Peço ao criador do blog que tome mais cuidado ao transcrever um poema. Em poesia, uma vírgula faz toda a diferença. Falta sensibilidade do responsável pelo blog.

    Jorge Medauar Neto.

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  3. Sinto muito neto de Jorge Medauar...mas o poema foi retirado da própria webb, já que não disponho de nenhum livro de seu avô, visto estarem esgotados! Tenho muito cuidado com tudo que publico...basta você se demorar mais no blog e verá...Queria apenas divulgar a poesia de Jorge Medauar...mas é praticamente impossível diante da falta de livros...

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