segunda-feira, 17 de maio de 2010

HELENA FIGUEIREDO: POEMA




Tem nome de águas soltas, o prisioneiro.

Saúdo-lhe o pêlo, roda infinita,
exímio horizonte,
que chega a parar o próprio sangue.

Vida de animal,
penso alto, na ida e no regresso,
nos dias riscados num calendário ilusório.

E oiço um alambique de cobre,refinando o espaço,
filtrando o tempo das magnólias por abrir,

e arranho os pensamentos, numa coleira invisível,
no alívio revoltante de não ser cão,

mas de parecê-lo.

Um comentário:

  1. O Tejo realmente é um belo rio e Portugal é meu avôzinho. Belo poema.As vezes que estive em Lisboa (2008 e 2009) fui vê-lo e foquei extasiado.Abraços.

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