A vida pode tornar-se bela e grandiosa, desde que não acreditemos nela, pois a vida em si não possui sentido algum. Mas a partir do fato de existir, refiro-me ao fato concreto, o exemplar único e singular de cada ser humano, a vida pode tornar-se significativa.
Não compete aos deuses a dádiva do gozo.
No ofício do amor os corpos transgridem o espírito.
Na grandeza ou na miséria o homem é indigno.
Caminhamos para a escravidão tão logo nos sabemos livres.
Diante do paraíso o homem hesita.
O que deploramos nos outros não são seus defeitos e sim suas qualidades.
Exasperar-se de seus limites é sempre um sinal de vaidade.
No amor, raramente perdoamos o sentimento de vingança.
A esperança de todo homem não termina com a morte e sim com suas desilusões.
Também destruímos ao amar.
Não raro, no sacrifício encontramos a fúria das consolações.
Nem mesmo no amor prescindimos da solidão.
Nas grandes desgraças o homem reivindica a Deus o seu destino.
Há múltiplas formas de amor, mas só um desejo.
Amor: cobiça do corpo.
Amor: anelo do coito.
A alegria: em sua raridade, uma dádiva não compreendida.
Há traições que não carecem de perdão.
Amor: raro enleio em meio ao incerto jogo das representações.
Também na verdade encontra-se o vício.
Obs: aforismos de minha autoria protegidos por direitos autorais.
Que bom estar aqui do seu lado direito, Hilton. Uma honra pra mim e uma alegria. Abraços! Bom Domingo!
ResponderExcluirEsses versos seus foram belos! Muito belos! Uma definição de poesia. Forte abraço.
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