41
Pouca coisa nos consola porque pouca coisa nos aflige.
152
Entre nós e o inferno ou o céu não há senão o entremeio da vida, que é a coisa mais frágil do mundo.
165
O último ato é sangrento, por mais bela que seja a comédia em todo o resto. Lança-se finalmente terra sobre a cabeça e aí está para sempre.
166
Corremos despreocupados para o precipício depois de ter colocado alguma coisa à nossa frente para impedir-nos de vê-lo.
22
O poder das moscas, elas ganham batalhas, impedem a nossa alma de agir, comem o nosso corpo.
70
Se nossa condição fosse verdadeiramente feliz, não seria necessário desviarmos dela nossos pensamentos.
445
Que concluiremos de todas as nossas obscuridades senão a nossa indignidade?
709
Nós conhecemos tão pouco a nós mesmos que muitos pensam que vão morrer quando estão bem de saúde e muitos pensam que estão bem de saúde quando estão próximos de morrer, não sentindo a febre próxima ou o abscesso prestes a se formar.
434
Imagine-se certo número de homens em grilhões, todos condenados à morte, sendo que alguns são degolados a cada dia na presença dos outros; aqueles que ficam vêem a sua própria condição na de seus semelhantes e, olhando-se uns e outros na dor e sem esperança, esperam a sua vez. Essa é a imagem da condição dos homens.
Pensamentos. Ed. Martins Fontes
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