(Jb Lazzarini)
.e deixo malogradas.
a
vidraça me transporta malogrado
contornado
o horizonte cristalino.
e
já não há lágrimas remanescentes
apenas
a brisa e o apagar da lamparina.
e
deixo o pai e o filho
tecidos
num lenço de moralidades.
dor
e escárnio navegantes
pulsando
em meus pulmões que se despertam.
descendo
as encostas da serra
vou
buscando meu mar de vigo.
o
coração desnudado na ribanceira
e
o vento me desloca em poesia.
-
diante de ti sou como um crucifixo!
abro
minhas chagas para que me banhes,
como
banharias um recém-nascido
caucasiano
na noite profunda.
sinto
a comoção e os segredos dos apitos.
é
meia-noite e saudações reluzem,
sou
esse estrondo em luzes diminutas.
meu
corpo explode.
coloridas
flores nascem no céu,
luzes
se abrilhantam sob mim.
como
um forasteiro saúdo o sonho
e
deixo malogradas
as lágrimas para a eternidade.
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