terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

ADRIANA ZAPPAROLI: POEMA


(Alberto Burri)

entre o lírio.

corola-libido : sua fachada íntegra em colapso.
um sentimento aglutinante, um precipitado.
falo em uma solução insolúvel, resíduo de um mecanismo lírico-
dramático, de déspota matéria carne e creme,
bípede e bulente em refluxo de chumbo fosforescente...

auréola letal, falo, fragmentário hipócrita e degenerado
cansado de cada dia. o horror, o delírio, de seus gestos.
o mistério do ouvido não estava seguro, zumbido de anestesia citadina
em um "falo" de cavalo mandarino.

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