CARTA DE UM JOVEM AO POETA NIETZSCHE
O fino trato
que despendes com tua escrita
não merece o desfastio
dos ascetas.
Poeta,
mantém léguas
do itinerário dos justos.
O verso
que te arde as conjuntivas,
que faz suar as mãos sobre a mesa,
desgosta os santos.
Lembra-te de que
gostariam de te extirpar
os olhos mas
te presenteiam com um sorriso.
Sempre soubeste
que poderias contar
com teus inimigos
(os bons e justos tudo temem)
Poderá existir alguém
mais fiel que um inimigo?
O fino trato
que despendes com tua escrita
não merece o desfastio
dos ascetas.
Poeta,
mantém léguas
do itinerário dos justos.
O verso
que te arde as conjuntivas,
que faz suar as mãos sobre a mesa,
desgosta os santos.
Lembra-te de que
gostariam de te extirpar
os olhos mas
te presenteiam com um sorriso.
Sempre soubeste
que poderias contar
com teus inimigos
(os bons e justos tudo temem)
Poderá existir alguém
mais fiel que um inimigo?
A verdade verdadinha, é que os inimigos, ainda assim, nos surpreendem quando mais esperamos!... Não nos causa qualquer surpresa quando esperamos, deles, os inimigos, aquele veneno, aquele ódio ou esvaziada inveja!... Ter inimigos é ter algo que quem não os tem não sabe o que perde, já que são deliciosos os frutos amargos que os amarga, caídos da árvore que é nossa e nos são tão doces!... É uma sorte ter inimigos... quase uma dádiva caída do céu bem no âmago infernal onde a raiva arde, consumindo-os até nem as cinzas restarem; esse vento suave que nos acaricia e o mesmo que fragmenta, que os estilhaça como se tivessem refastelado com uma refeição, último pedido, de granadas servidas à mesa amparada por cotovelos de dor!...
ResponderExcluirÉ quase um orgasmo percorrido sem clímax, mas sempre satisfatório e duradouro;)...
Abraço