RETORNO DE MIM
Aprendi a me deixar podar pela vida.
Deixar que me arranquem os galhos, tal braços, sem dó,
ou com dó, tanto faz...
mas que me arranquem inevitavelmente
e façam de mim o que eu nem sei.
E se eu não souber tudo bem, porque aprendi também a voltar...
mais alta e mais graúda,
do tamanho de um coqueiro na praia deserta.
Também aprendi a me balançar na praia e até a tocar as ondas.
Tudo me deixa forte. Tudo um dia me deixará forte.
E nada me deixará, nunca mais, seca... agora eu posso amar.
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