É
Natal
novamente
onde estamos
e onde não estamos
Nas ruas
nas noites enfeitadas
o Natal chega
passo a passo
em cada dia de dezembro
E não há como fugir
já não há onde esconder
o encontro é inevitável
Há que se aproximar então
o coração aberto
o afeto dilatado
Deixar
se desprender de nós
fardos desnecessários
forjados impedimentos
e aceitar
Aceitar esta carga – condição de ser humano
É Natal
Há que se respirar
com novo fôlego
um outro ar
aqui
onde estamos
e onde jamais estaremos
o Natal nos transporta
como um barco incansável
É preciso deixar
esta água
fluir
é precisão aceitar
o mistério das fontes
Não podemos deixar morrer nenhum nascimento
Poema do Livro Risco. Ed. Nankin
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