quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DOIS POEMAS

Primavera

Ruas, trajetos
circunscritos.
Aglomeração
de pessoas.
Novos velhos
colóquios.
Alarido obtuso, insigne.
A existência consumida
como uma coisa.
Na escadaria
da catedral
pedintes ingênitos
sob um sol
obsequioso.
É primavera:
não há flores.


Noite

Somente as luzes
dos postes
iluminam
a noite.
O céu esquálido,
obstruído
por prédios e
fios elétricos.
Insetos
conclamam
a subserviência
do sono.

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