(Dante Gabriele Rossetti)
FOLHAS OUTONAIS
No solo em folhas secas, outonal,
Há rastros dos amores que hei vivido,
E d’outros que pensei houvera tido,
Num mundo que era etéreo e surreal.
E aqui cheguei ao ponto meu final,
Mas nada foi em vão ou foi perdido,
E não me importa quanto hei sofrido,
Pois tudo isso é vida e é normal!
Pisei as flores rubras da paixão,
Dos sonhos tons lilases das hortências,
Sonhei, amei, sofri, enfim, vivi.
Se hoje colho os frutos da estação,
As folhas mortas dessas mil querências,
Eu tudo tive e nada eu perdi.
Belíssimos sonetos, acompanhados de belíssima pintura - um encanto para a vista e um alimento para a alma! Certo que também estes poemas são pinturas e estas pinturas são poemas - aqui, tudo é Poesia, um portal para um mundo mágico e profundo que acorda em nós emoções, esperanças, sonhos, recordações do que nunca vivemos mas em nós existe, misteriosamente. Muitos parabéns à Poeta Edir Pina de Barros e a si, Hilton, pela criteriosa escolha de textos e imagens que torna cada a visita ao seu blogue num verdadeiro prazer. Um abraço.
ResponderExcluirIlona, ler suas palavras é uma grande honra. Esteja sempre presente. Um abraço.
ResponderExcluirGrata I.Bastos, pelo comentário.
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