UM FATO SUPORTÁVEL?
A vida é uma constante e prepotente afirmação sobre o nada. Não penso que podemos ser identificados com esse “nada”. Apenas que, a consciência de nossa finitude pode revelar-nos toda precariedade característica de nossas vidas. Mas todo passo existencial constitui-se como significação. O amor, o ódio, a alegria, o sofrimento: marcas de uma existência flagelada pelo apego cego, mas significativo, à vida. A questão crucial talvez consista na possibilidade ou não de suportarmos esse fato. Penso nas palavras do filósofo Léon Bloy: “A dor é uma graça que não merecemos”.
Hilton Valeriano
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