A GIRALDA
Sevilha de noite: a Giralda,
iluminada, dá a lição
de sua elegância fabulosa,
de incorrigível proporção.
Os cristãos tentaram coroá-la
com peristalgias barrocas;
mas sua proporção é tão certa
que quem a contempla não pousa
nem nas verrugas do barroco,
nem nas curvas quase de cólica:
quem a contempla não as vê,
são como pombas provisórias.
João Cabral de Melo Neto, um gigante da poesia!
ResponderExcluirAdmiro muito essa maneira própria de João Cabral fazer descrições. Lindo poema, Hildo!
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