sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DEREK SOARES CASTRO: SONETO






Exéquias d'Aurora

De rendas vestalinas, sendilhadas,
Em diáfanos véus auroreais,
Caídos brandamente, sepulcrais,
Por sobre as alvas mãos frias, finadas...

Por melífluos matizes outonais,
Em contraste co'as sedas, bem bordadas,
Na plenitude dessas vãs caladas,
Passou todo o cortejo cheio d'ais!

No embalo duma marcha langorosa,
A passarada flébil e chorosa
Cantava a mais nostálgica balada;

A abóbada celeste no infinito,
Abriu-se no céu mais puro e bonito,
Levando a minha eterna, sempre amada!

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