RUBAIYAT
O fim do longo, inútil dia ensombra.
A mesma sp’rança que não deu se escombra,
Prolixa... A vida é um mendigo bêbado
Que estende a mão à sua própria sombra.
Dormimos o universo. A extensa massa
Da confusão das cousas nos enlaça,
Sonhos; e a ébria confluência humana
Vazia ecoa-se de raça em raça.
Ao gozo segue a dor, e o gozo a esta.
Ora o vinho bebemos porque é festa,
Ora o vinho bebemos porque há dor,
Mas de um e de outro vinho nada resta.
O fim do longo, inútil dia ensombra.
A mesma sp’rança que não deu se escombra,
Prolixa... A vida é um mendigo bêbado
Que estende a mão à sua própria sombra.
Dormimos o universo. A extensa massa
Da confusão das cousas nos enlaça,
Sonhos; e a ébria confluência humana
Vazia ecoa-se de raça em raça.
Ao gozo segue a dor, e o gozo a esta.
Ora o vinho bebemos porque é festa,
Ora o vinho bebemos porque há dor,
Mas de um e de outro vinho nada resta.
Pessoa é o maior poeta do Seculo XX... é ele quem conclui o trabalho começado por Shakespeare, há 400 anos.
ResponderExcluirFernando Pessoa é genial! Parabéns pelo seu Blog!
ResponderExcluirAbraço