(Evelyn de Morgan)
Becos
Deus!
Quantas ruas escuras e becos eu tive
que vagar
em busca
de um amor que não podia ter...
em busca
de um afago que não estaria nunca em
um orgasmo
em um beijo dócil por acaso.
Quantos olhares roubados...
Quantas mãos despedaçadas em adeuses
inevitáveis quantos rostos amáveis que foram
fumaça na
madrugada.
Quanta lágrima com pedaços crus de
alma...
Quantos drinques amargos, quantos cansaços
quantas
promessas
que já surgiram quebradas
por trás de sorrisos
encantadores.
Quantas dores...
quantas dores de parto em dias de
paredes
que
gritavam no quarto.
Gritavam teu nome...! Que eu não
conhecia...
Quantos desvarios
quantos rios eu atravessei, sem
saber nadar
para de repente tocar a luz da tua
essência
que me recriou.
E eu nada sei além de ti...
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